A sobrevivência de um filhote de quero-quero (Vanellus chilensis) foi um dos desafios enfrentados pela equipe da Aiuká em setembro de 2015, mês em que a ave, com apenas 40 gramas, chegou à empresa com uma lesão no dorso, causada por um cortador de grama. A situação dele pedia mais cuidados não só em função do ferimento, mas também porque, durante seu resgate, a mãe não foi encontrada e, assim, a sua chance de sobreviver não era grande. Afinal, na fase em que estava, ainda estava sendo protegido por ela.
Embora os receios tivessem fundamento, o quero-quero reagiu muito bem ao tratamento, que incluiu a construção de um recinto semelhante ao seu ambiente. Ali, ele esteve acompanhado de um espanador, de um espelho e de uma garça de pelúcia – substitutos de um par da mesma espécie – e ainda de um laguinho artificial, onde aprendeu a se alimentar sozinho. Ele foi solto quase dois meses e meio depois, devidamente anilhado – procedimento voltado ao estudo da espécie – e já com peso de um indivíduo juvenil: 186 gramas.