No início de agosto, a Aiuká coordenou as ações de resposta à fauna impactada por óleo em um simulado de emergência da Petrobras. O objetivo principal foi testar a elaboração e implementação do Plano de Ação do Incidente (IAP, na sigla em inglês), avaliar a capacidade de gerenciamento de resposta a emergências, as ações de proteção à Reserva Biológica Marinha na região afetada e o uso de novas tecnologias no suporte à operação.
O patamar mais elevado de gravidade em ações de proteção à vida animal foi exercitado. Os profissionais da Aiuká conduziram as forças-tarefa simuladas de monitoramentos aéreo, embarcado e terrestre, a captura, o transporte, a estabilização e a reabilitação da fauna fictícia oleada.
Foram montadas duas tendas de estabilização, uma na praia de Mariscal e outra na de Bombinhas, onde foram prestados os primeiros socorros antes do encaminhamento da fauna fictícia para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos em Florianópolis. No total, foram atendidos 29 animais marinhos vivos, a maioria deles pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), na forma de réplicas indicando a quantidade de óleo que teriam em suas penas.
Além da Aiuká, profissionais autônomos e de outras organizações da área de reabilitação de fauna marinha participaram da operação, entre eles a Associação R3 Animal e o Projeto Baleia Franca. Três especialistas do International Bird Rescue (IBR), Michelle Bellizi (Response Services Manager), JD Bergeron (Executive Director) e Barbara Callahan (Response Services Director), também integraram a equipe da Aiuká. O IBR é a principal instituição parceira da Aiuká para emergências catastróficas em Tier 3 envolvendo a fauna oleada.
O simulado foi realizado com mobilização em campo nos dias 7 e 8 de agosto em Bombinhas (SC) e consistiu no afundamento do navio-plataforma FPSO Cidade de Itaguaí, com o vazamento de aproximadamente 300 mil m³ de óleo.
No total, 427 profissionais participaram da simulação da Petrobras, que começou no dia 24 de julho, dia em que ocorreu o naufrágio fictício do navio-plataforma, e culminou com o toque de óleo na costa de Bombinhas, no dia 8 de agosto. Não houve o lançamento real de nenhuma substância para simular a presença de óleo.