A costa peruana abriga uma biodiversidade impressionante, impulsionada pela Corrente de Humboldt, uma das mais produtivas do mundo. Entre os destaques estão cinco aves fascinantes, que desempenham um papel fundamental no ecossistema marinho e fazem parte da identidade local.
O gaviotín-zarcillo (Larosterna inca) se destaca por seu visual único, com um característico “bigode” branco que o torna inconfundível. Além da aparência elegante, essa ave é uma exímia caçadora, realizando voos acrobáticos para capturar pequenos peixes.
Já o piquero-peruano (Sula variegata) impressiona com sua técnica de mergulho precisa para capturar sardinhas e outros peixes. Suas patas azuladas indicam sua saúde e são um fator determinante na escolha dos parceiros durante a reprodução.


Outro mestre da pesca é o pelícano-peruano (Pelecanus thagus), uma das maiores aves marinhas do continente, com uma envergadura que pode chegar a 2,3 metros. Ele pode capturar até 3 kg de peixes por dia, sendo um verdadeiro indicador da abundância de recursos marinhos na região. Diferente no português, que chamamos pelicano, em espanhol, pelicano tem o acento agúdo no “i”: pelícano.
O cormorán-guanay (Phalacrocorax bougainvillii), tem grande importância histórica e ecológica. Conhecido como o “arquiteto do guano”, essa espécie foi essencial para a economia peruana no século XIX, quando seus excrementos eram utilizados como fertilizante natural de alto valor.
Por fim, o carismático “pingüino“, o pinguim-de-Humboldt (Spheniscus humboldti) é um dos símbolos da fauna marinha peruana e enfrenta desafios devido às mudanças climáticas e à pesca. Embora seja característico da costa do Peru e do Chile.



A equipe da Aiuká no Peru tem a oportunidade de atuar no atendimento dessas espécies, acumulando experiência prática com a fauna e que evidencia como os ecossistemas estão conectados e como a conservação vai além das fronteiras geográficas.